Felicidade Clandestina
É mais uma manhã com um sol brilhante, onde espero em vão por um sorriso seu. São tantos momentos implorando por uma mísera atenção. As palavras já nem ferem mais, afinal você disse que seria como se nunca tivesse existido, pena que na prática não é assim. Você invade as páginas do livro que leio, aparece nas imagens da minha televisão. Não consigo disfarçar, em sua presença, a felicidade clandestina que me causa. As promessas que me fez não cumpriu, nem mesma a de que seria fácil lhe esquecer. Nos campos ainda vejo as flores desabrocharem, deixando a mim a lição de que sempre terá o amanhã. Nunca haverá tempestade que nunca termine. Infelizmente - ou felizmente - nosso tempos de vertigem passaram. Não foi você quem errou, nós erramos, afinal uma relação é conduzida por dois e não por apenas um. Tudo ia bem, até a felicidade resolver pegar um atalho e se atirar numa ribanceira. Então entramos na fase das lembranças, que começam a diminuir com o tempo, eliminamos vestígios de um romance...