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Mostrando postagens de maio, 2011

Lembranças com o acorde da canção.

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Mais uma vez me vejo diante de um temível fim. Novamente rasgo as páginas da agenda, deleto fotos do Orkut, troco as senhas que foram compartilhadas no apogeu da paixão. Fotos e cartas passadas na picotadora de papel. Mensagens excluídas, contato eliminado. E talvez por pura ironia, hoje te vejo mais que antes, que vivia assombrando-me em sonhos. Nosso romance era mais através do telefone móvel do que frente a frente. Vivia introspectivamente. Agora não importa o que diga, acabou sem chance réplica. Dei o meu melhor até o fim. Confesso sentir falta do seu sorriso, do seu calor, até do seu distante olhar. Já tinha acostumado-me com seu jeito frio. As lembranças parecem comédia romântica, mas com um triste fim. O gosto do derradeiro beijo ainda está em meus lábios. Mas com o tempo, tudo vai passar. É melhor viver sem suas desculpas. O trânsito que parou, uma reunião de última hora, o celular descarregou, coisas desse tipo. Hoje vejo que nunca me amou, acho que nem paixão sentiu, só era c

Relatos

Lá fora a chuva passou. Até raios de sol ousaram sair. Mas aqui dentro, num canto qualquer desse apartamento, o frio ainda permanece. Pois foi uma das poucas coisas que me restaram. Você se foi levando meu calor, que hoje já sei entrega a um outro alguém. O brilho em meu olhar também não existe mais. Tudo parece estar diferente. As horas seguem arrastando-se, as flores amarelas secaram, mesmo assim você está bem. De repente, apareceu com um novo sorriso, com uma felicidade, que confesso - com dor no coração - que nunca pareceu sentir comigo. Amei a ti, como um viciado ama sua droga. E agora sou como um fumante largando o vício do cigarro, é mais um dia. Meus sentimentos não acabam-se como o virar da página de um livro ou com o fim de um CD que está rolando. Planejei um futuro, onde lhe inclui em tudo, sem consultá-lo se ia querer estar comigo. Deixou-me sem crise, disse simplesmente acabou e assim como uma criança quando enjoa de um brinquedo, jogou-me pra lá. Deixando um enorme vazio

Suicídios de amor

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Mais uma vez morri por amor. Morri quando percebi que o amor não era para sempre. Que cedo ou tarde, ele seria derradeiro. O amor que li nos livros, que vi nas comédias hollywoodianas não chegou aqui. Nosso fim foi triste, assim como o de Romeu e Julieta na história de Shakespere; ou como o de Jack (Leonardo Dicaprio) e Rose (Kate Winslet) em “Titanic”. Morri também ao ver que nada restou em nossos escombros. Tudo se foi. As lembranças, como o passar do tempo, acomodam-se. O pior foi ver como meu coração é volúvel, que esqueceu tão rápido o que parecia tão eterno há dias atrás. Suicidei-me por ver que você é substituível. Outro também posso amar. Morro, a cada dia, ao ver que amores vão e vem, comigo é assim também. E como cada morte dessa é interna, sigo vivendo, esperando um dia, pela felicidade enfim. Eterna ou não, já nem sei mais, entretanto esperando o amor o tempo que for. Para novamente viver intensamente, se outra vez morrer, acontecera, afinal é para isso que se vive.

Quebra cabeça

Hoje ao despertar, parei para pensar na estrada que percorremos até aqui. Com tantas curvas e atalhos, entretanto estamos diante do precipício, ou seja, é o fim da linha. Fim da nossa tão errante história. Arrependimentos?! Até que não tantos. Só cansei de pequenos instantes, onde depois eu que saio ferido. E com o tempo percebi que por mais que essas feridas fechem, cicatrizem e sequem, elas ainda estarão aqui, invisíveis aos olhos de todos – inclusive aos seus – entretanto as sentirei em minha pele, em meu peito. O amor é perene, mesmo ele acabando ou não. Chegou a hora em que nossas peças não se encaixam mais. Agora você está saindo pela porta da frente, sem dizer até logo. Dar-te-ei o último abraço, aquele que sela que tudo acabou em paz. Frustrações?! Até que nem tenho, pois o romance se desconstruiu, diante de todos meus esforços. O que estava ao meu alcance fiz, mas me conhece como a palma da sua mão, então sabia que cedo ou tarde isso aconteceria. Muitas das vezes senti-me como

Segundo a crônica alheia

No último mês, folheando as páginas da Revista "Gloss" uma crônica de Felipe Luno, que me "disse" muita coisa, me fez refletir e agora divido a mesma com todos. Todos temos certo potencial para ser vilões. Basta uma frase equivocadas, não responder a algumas ligações, não corresponder às expectativas dos outros. Pode ter certeza. Você já foi a pessoa má, insensível e ingrata da vida de alguém mesmo sem querer. Relacionamentos novos só começam porque antigos terminaram. Para quem foi excluído dessa equação pode parecer que foi você quem praticou o ato da vilania. Pense nos foras que já deu, nos amigos que decidiu não ver mais, nas cartas de amor a que não respondeu. Nem sempre somos os mocinhos de nossa própria história. Na procura pelo príncipe encantado é possível pisar em alguns sapos sem perceber. Isso não significa ser mau-caráter. Reconhecer que podemos virar persona non grata para alguém é o que faz reavaliar o papel do vilão. Talvez a bruxa que lhe faz mal se