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Mostrando postagens de outubro, 2010

Arquive e Delete

Nem sempre lembramos disso, mas cabe somente a nós o destino final de nossas histórias. Devemos utilizar o arquive para as boas lembranças, ao lado das pessoas queridas, como familiares e amigos que nos amam da maneira que somos. Cabe a nós também o armazenamento de nossos sonhos para que possamos correr atrás deles até tornarem-se realidade. E todas as histórias vividas, que nos trazem boas saudades são devidamente arquivadas. Entretanto muitas das vezes esquecemos de deletar o que nos faz mal. Achamos que deletamos um amor fracassado, mas ao passarmos pelo mesmo, ainda sentimos incomodo e outras sensações ruins. Esquecemos de deletar as tristezas, as traições e aqueles momentos que nos lembram dores e mágoas. Mas claro que devemos eliminar as coisas que nos fazem mal, sem esquecermos as lições que elas nos trazem. Não podemos simplesmente excluir os erros e carregar uma culpa, afinal através de uma ação, mesmo sendo errada no momento, podemos nos dar bem. Pois se a Branca de Neve não

Máscaras

Hoje percebo, mais uma vez, a máscara que uso. Enquanto minha alma chora, clamando por socorro, estou entre amigos dando várias risadas, até das piadas mais sem sentido. Sinto-me como aquela pessoa famosa, que é tão solitária, mas exibe nas páginas da "Caras" uma felicidade fictícia. Sou aquele que me faço de um personagem, que segui o roteiro brincando, divertindo a todos independente do que estou sentindo. Como telespectador de um filme ruim, saio pela metade. Visto a máscara do que nada se importa, que gosto de tudo e não me incomoda. Seja o momento que for, o sorriso estará sempre em meu rosto, por mais que por dentro esteja aos prantos ou com raiva do mundo. Afinal vim para fazer a diferença, transmitir alegria e coisas boas as pessoas que me cercam. E assim será em todo meu futuro.

Ela

Ela fez sua escolha. Diante de tantas possibilidades, escolheu o presente que o destino parece ter colocado como o mais certo. Se o futuro seria tão bom assim, não ocorria pensar agora, afinal ele ainda não tinha chegado. Vivia a compensação do feliz há cada dia. Mas se estava certa das decisões, por que o medo ainda caminhava ao seu lado? Por que ainda se perguntava sobre as páginas viradas? Para os olhares de fora, era simplesmente por não ter certeza que era aquilo que ela queria, entretanto ela sabia que não. Apesar da pouca experiência sabia que esse temor sempre a acompanharia, nunca deixaria de se questionar sobre o que aconteceria se insistisse em jogar-se no mesmo abismo diversas vezes. Poderia ser feliz, mas como agora? Ou poderia estar mais triste do que nesse instante? São perguntas sem respostas, eternamente. Moral da história: Assim sempre será nossas vidas. Temos em nossas mãos a missão de escolher nosso próprio caminho, sem saber se seria melhor escolher a outra curva.

Fragmentos

Mais uma vez estou aqui só no cinema e confesso que em alguns instantes a história da personagem de Julia Roberts me fugiu, pois pensava em minha própria vida. Sinto-me hoje em uma redoma de vidro, onde grito, todos escutam, entretanto ninguém está disposto a me ajudar. Queria tanto ter forças para fugir, de uma história que já estou prevendo como será o último capítulo. A insegurança martela em minha mente todos os segundos. Vontade de ir correndo até a Groelândia, quem sabe por lá tudo seja diferente. Vejo tantos casais passando ao redor de mim, felizes e eu, em um momento extremamente egoísta, penso em avisar a eles para aproveitarem, pois a felicidade parece ter prazo de validade, pelos menos comigo é assim. A menina ao meu lado, exibe uma brilhante aliança, enquanto eu ainda estou à espera – inutilmente – de o telefone tocar. A verdade é que não sei por que ainda fico mal? Por que ainda deixo as lágrimas rolarem? Não é um roteiro totalmente inédito, muda quem protagoniza a histó

Cantinho

Era uma festa badalada, todos na pista dançando. Mas num cantinho qualquer, alguém sentado triste, olhando fixamente para uma parede azul. Duas senhoras conversam, uma delas aponta o ser e comenta não saber porque fulano está com aquele olhar triste, pois tem saúde, uma família, um emprego, estudo, o que mais pode querer na vida? A outra senhora, que estava calada, observou o olhar do dito cujo e fez a seguinte observação: Disse que era simples, a pessoa queria mais na vida. Ela tinha sonhos, objetivos, queria ser amada e, principalmente, apesar de ter tudo, ela tinha certeza que sempre queria mais e que isso não era pecado algum. Afinal ela cresceu com vários ideais, que ainda não concretizaram. E a segunda senhora tinha razão, por mais que tivesse uma vida que muitos sonham, a dela não era exatamente como queria. Mas isso não a fazia uma pessoa triste, apenas um pouco solitária. Em alguns momentos, como aquele na balada, ela parava e imaginava como seria ter a vida que sempre sonho