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Mostrando postagens de abril, 2017

Eu existo, mesmo quando você não está afim

O celular apita. É uma mensagem. É sua. Dizendo que estou sumido. Mas não era isso que você queria? Não pediu para eu agir, como se você nunca tivesse existido? Fui obediente. Você pergunta o que vou fazer mais tarde. Eu sei o que você quer. E a culpa é minha. Por ceder as suas investidas. Preferia ter minutos de prazer, ter uns momentos bons, do que me valorizar. Esquecia quem eu era. Esquecia que me amar também é importante. E qua ndo lembrei, você já tinha me deixado de lado. Era tarde para nós. Era cedo para mim. Outra mensagem. Agora só interrogações. Não vou responder. E sabe por quê? Porque cansa ser apenas uma válvula de escape. Cansa ser apenas um número na agenda. Você não vai segurar minha mão, quando eu assistir um filme de terror. Muito menos vai comprar um chocolate por ter lembrado que é o meu favorito. Nem quer saber, ao menos, como foi meu dia. Não sabe a música que mais escuto no momento. Não quer compartilhar, nem quer que eu compartilhe. Quero encontros com quem me

A vida é assim

Quando eu era adolescente me diziam que, quando as coisas não dão certo, doía muito, porque adolescente vê tudo com lente de aumento. A gente sempre acha que é o único amor, a maior dor, que será a única ex-amiga que teremos e por aí vai. Mas virei adulto e algumas coisas continuam doendo. Dói até quando é eu mesmo que decido ir embora, de uma relação furada. Sinto as lágrimas se formando mesmo eu colocando o ponto final. O ponto é que a gente nunca quer dizer  adeus, mesmo sabendo que é o melhor a fazer no momento. Você é demitido e sente um baque, demora uns segundos para voltar a respirar normalmente, mesmo já não querendo o tal trabalho há muito tempo. O relacionamento está complicado, porém ninguém quer dizer – ou ouvir – que chega. Somos covardes. Sendo adolescente ou adulto. Tememos o fim. Ou melhor, tememos o depois. O que vem depois do fim. Acontece que algumas vezes na vida nós morremos e não viramos pó. Nos destruímos por completo quando nos despedimos de algo. Eu choro, po