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Mostrando postagens de julho, 2017

Sentindo ao coração

A chuva caindo lá fora e eu sigo com minhas pretensões de ficar em casa. Festa para mim tem sido na cama, com o DJ travesseiro e um open bar de Netflix. O lance é que essas coisas vazias como dar voltas num espaço com luzes piscando e música alta tocando, não causa mais nada. O frio na barriga de ver gente nova também desapareceu. E olha que eu nem criei certas defesas, mesmo após tantas quedas e tropeços. Poucas coisas têm feito meu coração sair da inércia. Mas não pense que com isso digo que me sinto sozinho. Não, jamais. Até porque depois de um tempo, eu achei na escrita uma forma de falar sobre minhas emoções e até de ter companhias.  Comecei a criar histórias, recontar minhas aventuras e imaginar tantos diálogos. Por que eu escrevo? Para me salvar. Coloco no papel o que a alma grita, até porque joelhos ralados se curam mais rápidos do que corações partidos. Passei escrever o que sinto e vivo, isso não significa que fico vinte e quatro horas com um papel em mãos. Porque na verda

O que a alma sente

"Liguei para saber como você está". Mentira. Ligou por uma vaidade ou por uma carência. Talvez ligou para saber se ainda faz falta, mesmo depois de tantos meses. E olha que ironia, nessa onda de mensagens instantâneas, você fez uma ligação. Porque sabe, que a pessoa que conheceu, acharia isso um máximo, ainda mais num sábado à noite. Mas se tem uma coisa que aprendi, e com você mesmo, é que não é nada bom alimentar expectativas. Afinal, elas morrem.  Você foi a pessoa que eu não tive, mesmo estando perto. A grande paixão que nunca vivi, mesmo já tendo ficado. Os olhos fechados sussurrando seu nome foram minha esperança e minha desgraça. Então, não tem porque insistir. Essa foi outra lição, não desistir de mim para insistir em alguém. Cansei do que é efêmero. Se eu quero algo que dure? Não. Só quero enquanto faz bem. Não preciso de muito para ser feliz, entretanto isso não signifique que eu me contente com pouco.  Minha alma está sim aberta, mas deixar você entrar é aceit

Amores Imperfeitos

         “Seu amor é uma mentira que a minha vaidade quer”. Cazuza compôs esse verso há vinte e oito anos atrás e, hoje, eu me pego pensando nele. A gente começa a conversar e o coração acelera, dá aquela agonia boa. Mas aos poucos, quando vamos avançando degraus, o outro se esquiva. Esperamos alguém que diga sim e saia correndo para nos encontrar, porém, cada vez mais, as pessoas ficam presas, escrevendo e reescrevendo respostas que nunca vão enviar.                    Alguns se aventuram em aplicativos de paqueras, para evitar o ritual do “onde você mora”, “qual o seu signo”, “o que você faz”, pois ali é para ir direto ao ponto. Que nada. São as mesmas pessoas que cruzamos no dia a dia, nas baladas ou esquinas, só não estamos olhando nos olhos. Olhos, que por sinal, a gente deseja tanto se encontrar. Precisamos escutar mais Cazuza e lembrar que “o amor a gente inventa, pra se distrair”. Portanto vamos conversar abertamente, facilitar a chegada e acreditar que, pode ser, sorte ter