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Mostrando postagens de fevereiro, 2012

Sentimentos de vidro

Estive pensando em fazer uma reforma em meu quarto. Mudar as cores, colocar uns quadros, expor mais fotos. Talvez só trocar os móveis de lugar. Foi quando percebi que primeiramente tenho que arrumar a bagunça em meu coração. Quero tanto que alguém o ocupe, entretanto tenho que retirar dele coisas que não servem mais. Deixar para trás o que não era pra ser. Sou exagerado. Minhas paixões são ardentes, meus amores intensos. E minhas dores então, são de partir o peito, de querer morrer. Tenho essa tendência ao excesso. Farei o possível para não esperar tanto dos outros. Apesar de todas as cicatrizes, fico bem em saber que não abusei de soluções mágicas para refazer meu caminho. Aprendi dando meus tropeços, errando pela vida, na verdade nem sei se aprendi coisa alguma. Sempre desejo demais, faço dos sentimentos minha principal conquista. Tenho pressa, sou impulsivo, faço planos na expectativa do grande “happy end”, entretanto sempre me atrapalho. Mas sempre recomeço. Quero razões para sonha

Desejos

Hoje eu só desejava segurar suas mãos, declamar os mais lindos poemas de Drummond e tocar seus lábios que são os mais lindos vistos por mim. Desejo desfrutar de sua companhia, te abraçar admirando o luar. Como eu queria receber suas ligações, tecer planos para as datas precisas. Quero ouvir suas histórias, te esperar passar. Gastar meus dias, horas e segundos em sua presença. Quero sempre, toda hora. No carnaval, no natal. Preciso de você. Não quero mais dormir só, quero saber tudo de você e criar o nós. A você quero dedicar minhas alegrias e no seu colo curar as incertezas, abandonar os medos. Contigo quero ir além do horizonte, me aventurar até em lugares desconhecidos, novas utopias. Quero expor suas fotos na estante, suas cartas na agenda e falar que nunca amei ninguém assim. Desejo que transforme meu inverno em uma primavera, que me dedique suas canções. Quero escrever mais uma página no meu livro da vida, onde cite você. Que é aquele que me traz uma nova esper

Roteiro repetitivo

Os dias têm sido difíceis, as horas não temem em passar. Estou vivendo por um fio, a luz do sol está radiante, entretanto dentro de mim o temporal inunda tudo. Gostar nunca é fácil. Tenho o dom de adorar quem me ignora. Pior ainda sentir saudade do que nunca vivi. Choro a perda de algo que nunca me pertenceu. Tem sido tão ruim. Meu peito cicatrizado, ainda lateja ao ouvir o declínio do seu nome, seu telefone persiste inconsequentemente em minha memória. Solicito um derradeiro encontro, para poder assim apresentar minha réplica. Necessito de você, assim como a caneta do papel, a camisa do botão e o mar do sol. Entretanto sei que você não irá ceder muito menos voltar atrás. Se realmente existir outra vida, quem sabe nela seja nossa vez de amar?! O seu desprezo impregnou em minha pele, nem sei por que tenho insistido se está visível que nunca pensou em mim. Mesmo que eu te provoque, não me beija. Sempre o desejei, mesmo sem ter um singelo “oi” em troca. Cheguei a crer que tinha nascido

Ela / Ele

De repente é aquele olhar, aquele que faz toda a diferença. Ela o quer e o acha inteligente. Ele curte seu sorriso, meio indiferente, outrora indecente. Ele afirma ser confiável e gentil. Ela acredita que ele é o que sempre pediu. Ele diz que veio pra ser exceção. E no coração dela brota a paixão. Ele vem sem cartilha. Ela já vê nele um pai de família. Ele que é forte, sarado. Topa amar e ser amado. Ela quer se entregar. Abraçar. Está pronta para amar. Os dois lábios se encontram são reais. É como se o tempo parasse nesse instante, nesse encontro. E uma relação intensa começa, pois ele a quem, ela o quer. Que maravilha. Empate técnico. Dessa vez parece que o cupido fez a coisa certa. E sabe o que é melhor disse tudo?! Como esse fadado encontro, tanto ele, quanto ela percebe que as expectativas e desejos se rompem. Mudam os sonhos, opiniões, necessidades. Realmente para o amor não existe regras. Ela admite que ele não era o que procurava. Ele não tem os pad