Amores Imperfeitos
“Seu amor é uma mentira que a minha
vaidade quer”. Cazuza compôs esse verso há vinte e oito anos atrás e, hoje, eu
me pego pensando nele. A gente começa a conversar e o coração acelera, dá aquela
agonia boa. Mas aos poucos, quando vamos avançando degraus, o outro se esquiva.
Esperamos alguém que diga sim e saia correndo para nos encontrar, porém, cada
vez mais, as pessoas ficam presas, escrevendo e reescrevendo respostas que
nunca vão enviar.
Alguns se aventuram em aplicativos de paqueras, para evitar o ritual do “onde você mora”, “qual o seu signo”, “o que você faz”, pois ali é para ir direto ao ponto. Que nada. São as mesmas pessoas que cruzamos no dia a dia, nas baladas ou esquinas, só não estamos olhando nos olhos. Olhos, que por sinal, a gente deseja tanto se encontrar. Precisamos escutar mais Cazuza e lembrar que “o amor a gente inventa, pra se distrair”. Portanto vamos conversar abertamente, facilitar a chegada e acreditar que, pode ser, sorte ter esbarrado com fulano, dê corda ao sicrano. Que mal pode ter? Nenhum vai. Se for mais um engano, risca da sua biografia.
É só desapegar do que é desnecessário, porque percebi que desfazer de entulhos e sentimentos fracassados, não significa necessariamente que uma parte minha está indo. Por isso, temos que nos permitir. É abrir espaço para coisas novas, para um amor mais raro e menos raso que alguns por aí. Compreender e dar valor ao instante do presente e do agora, sem temer o depois.
O problema que somos a geração da solidão, imploramos amor e, por ele, aceitamos o perigo. Aqui estamos nós, com medo de acumular mais uma história em vão. Não crie expectativas, porém não deixe de viver, por receio a elas. Até porque se tudo der errado, pense que terão, ao menos para contar, “uma história romântica”.
Alguns se aventuram em aplicativos de paqueras, para evitar o ritual do “onde você mora”, “qual o seu signo”, “o que você faz”, pois ali é para ir direto ao ponto. Que nada. São as mesmas pessoas que cruzamos no dia a dia, nas baladas ou esquinas, só não estamos olhando nos olhos. Olhos, que por sinal, a gente deseja tanto se encontrar. Precisamos escutar mais Cazuza e lembrar que “o amor a gente inventa, pra se distrair”. Portanto vamos conversar abertamente, facilitar a chegada e acreditar que, pode ser, sorte ter esbarrado com fulano, dê corda ao sicrano. Que mal pode ter? Nenhum vai. Se for mais um engano, risca da sua biografia.
É só desapegar do que é desnecessário, porque percebi que desfazer de entulhos e sentimentos fracassados, não significa necessariamente que uma parte minha está indo. Por isso, temos que nos permitir. É abrir espaço para coisas novas, para um amor mais raro e menos raso que alguns por aí. Compreender e dar valor ao instante do presente e do agora, sem temer o depois.
O problema que somos a geração da solidão, imploramos amor e, por ele, aceitamos o perigo. Aqui estamos nós, com medo de acumular mais uma história em vão. Não crie expectativas, porém não deixe de viver, por receio a elas. Até porque se tudo der errado, pense que terão, ao menos para contar, “uma história romântica”.
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