Estranho jeito de amar
A chuva desaba por aqui. O vento traz no ar o seu perfume e assim lembro-me do que deveria ser esquecido. Há tempos sonho com aquele amor sincero e verdadeiro, aquele que nos faz perder o sono, ouvir o badalo dos sinos, imaginar e querer ser a melhor pessoa que há. Por conta desse desejo cometo os piores erros, meto os pés pelas mãos e depois tenho que arcar com as conseqüências. Cada dia mais sinto que viver não vale tão a pena, cansei de mentiras e ilusões, a felicidade – pelo menos para mim – é sempre uma quimera. A solidão é minha inerente companhia. Basta!! Não aguento mais o sucessivo erro que aparece em meu destino. É sempre o mesmo roteiro, o mesmo clichê, como um disco riscado que fica sempre repetindo a mesma coisa, tudo novamente e hoje me pergunto o porquê. É como se todos os momentos eu estivesse na ponta de um alto edifício, clamando com todas as forças dos meus pulmões para que alguém me ame mais que tudo nesse planeta. Não é nem mais possível remendar esse pobre coração...