Quebra cabeça

Hoje ao despertar, parei para pensar na estrada que percorremos até aqui. Com tantas curvas e atalhos, entretanto estamos diante do precipício, ou seja, é o fim da linha. Fim da nossa tão errante história. Arrependimentos?! Até que não tantos. Só cansei de pequenos instantes, onde depois eu que saio ferido. E com o tempo percebi que por mais que essas feridas fechem, cicatrizem e sequem, elas ainda estarão aqui, invisíveis aos olhos de todos – inclusive aos seus – entretanto as sentirei em minha pele, em meu peito. O amor é perene, mesmo ele acabando ou não. Chegou a hora em que nossas peças não se encaixam mais. Agora você está saindo pela porta da frente, sem dizer até logo. Dar-te-ei o último abraço, aquele que sela que tudo acabou em paz. Frustrações?! Até que nem tenho, pois o romance se desconstruiu, diante de todos meus esforços. O que estava ao meu alcance fiz, mas me conhece como a palma da sua mão, então sabia que cedo ou tarde isso aconteceria. Muitas das vezes senti-me como uma criança indefesa, que diante de um quebra cabeça não vê soluções na ausência de uma peça. Diversas vezes as peças se confundem assim como nossos momentos, que vira e mexe confundiram minha mente. Meu mundo era completo contigo, confesso que até melhor, porém sei que não dá mais. Nem sempre para amar precisamos estar juntos. Hoje as lágrimas que caem não são de tristeza, nem de mágoa, pois tudo foi superado, aprendi – depois de tanto cair – que o tempo cura tudo, as marcas ficam, mas a dor passa. Assim como nosso momento passou. Foi bom enquanto existiu cumplicidade, carinho, amor. Hoje restam diversos nós e peças repetidas. Finalmente percebi – e aceitei – que eu não nasci pra você, nem você para mim.

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