Silêncio da alma

Estive lembrando-me de quando tinha quinze anos e ainda via o mundo todo colorido. Acreditava que os sonhos iam se realizar. Que cedo ou tarde encontraria um arco-íris e no fim do mesmo, acharia o segredo da felicidade. Mas os anos passaram, hoje sou cético. Não faço mais diversos planos, vejo tudo preto e branco. Cresci acreditando no valor da amizade, pensava que se amando alguém, o alguém me amaria de volta, pura quimera. Nem sempre o amor abriga-se em dois corações. Agora o dia está nublado, causa em mim a reflexão. Os tropeços no caminho, os aprendizados como os próprios erros. Não me arrependo do “eu te amo” dito, das cartas manuscritas, dos torpedos enviados e das ligações constantes. Minha alma cala-se. Quem dera se minha vida fosse uma produção cinematográfica, onde pudesse organizar tudo a minha vontade. Entretanto a vida real não é como a gente quer, muitas das vezes o que difere é nossa maneira de encarar o mundo. Tanta coisa oculto em mim. Em muitos momentos o sorriso estampo em meu rosto, porém por dentro as lágrimas jorram. Agora tenho que encarar as divergências do percurso de cabeça erguida, as anedotas ficaram para trás. Não sou mais aquela criança que tem esperança de que cedo ou tarde tudo se encaixará. Espero que as mudanças aconteçam, que eu volte a esperar por dias melhores e que os sonhos não adormeçam na penumbra do tempo. O tal tempo que dizem curar tudo, espero que seja ocorra comigo então. Por hora, sigo assim.

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