Sobre o que restou...

Foi de repente, quando menos esperava. Deitei pra dormir e não pensei em você. Acordei sem me importar em lhe mandar uma mensagem de bom dia. Passei em frente a esquina da sua casa e nem olhei sua janela. Ouvi aquela canção e nem tive recordações. Ou seja, você se foi. Saiu de minha vida, sem deixa aresta pra aparar. Quando o destino nos promove um encontro. Estamos de frente um ao outro. Duas ou três pessoas nos servem de  público, mas a encenação nem foi digna de aplausos. Não houve gritos, choro, raiva, nenhuma saia justa. Nos cumprimentamos como velhos conhecidos e, pasme, nem seu abraço mexe mais comigo. Deixei de te amar. E, acredite, até dói perceber isso. Por diversas vezes coloquei minha felicidade em suas mãos. Mesmo depois de todas as decepções suas, ainda acreditava em um final feliz como aqueles dos desenhos de príncipes e princesas que eu assistia na infância. Você ainda sorri, aquele sorriso tão lindo, entretanto que não me desconcerta mais. Não me prende, nem entontece. Hoje deixo o amor para pessoas insanas. Não vale a pena se jogar do precipício, esperando ser resgatado. Chega de tentar encontrar o amor ideal. Encontrei muitos pedaços de laranjas até descobrir que a minha metade é estragada. Hoje aceito que não nasci pra isso. Amei muito, mesmo depois de tudo. Depois de todos os fins. Agora não carrego mais um coração partido, não bato em portas insistentemente e não me arrependo das conversas não conversadas. Hoje olhei pra você e pensei que nada pode ter sido tão ruim assim, pois precisei viver tudo isso, pra perceber que é possível sim, ser feliz sozinho. 

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