Antítese

Tenho um quarto que falta móveis, mas vive bagunçado. Diversas dúvidas do que quero, mas um caderno cheio de anotações e desejos. Penso tanto e nada entendo. Sou gritaria, mas também sou silêncio. Sou a preguiça de um domingo a tarde e a euforia de uma sexta a noite. Tenho uma penca de amores não resolvidos e um coração sempre cheio de amor pra dar. Lidar com a dor me faz sentir-se vivo, mesmo que isso quase me mate. Guardo mágoas bestas e dou perdão a erros cruéis. Tenho uma pilha de livros não lidos, entretanto vou a livraria, não resisto, e compro mais uns três. Tenho sonhos que sonhei sozinho, mas quero realizar com alguém. Diversas ligações não atendidas, que não retornei e digo sempre que ninguém me liga. Sou um sorriso aberto e uma lágrima, ao mesmo tempo. Mudo de humor constantemente, indo da alegria a tristeza, de repente. Vivo distraído, com fones no ouvido, entretanto vejo tudo a minha volta e me apaixono perdidamente pelo estranho de blusa vermelha, que nunca mais vou ver. 
Eu e minhas contradições. Tão doce e amargo. Tão corajoso, mas mimado. Tão sensível, mas duro nas respostas. Sou todo emoção, porém as razões ecoam em meus atos. Já tentei ser distante, mas me descubro mais perto que nunca. 
É... acho que preciso mesmo de uma terapia. Mas daí, vem a dúvida: eu começo ou o terapeuta começa??

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