A saudade que sinto
Vejo você do outro lado
da calçada com aquele sorriso meio bobo, que faz minhas pernas balançarem. Você
como sempre, vai chegar meio tímido, e eu vou te puxar pra perto. Não vai
precisar de palavras. Vai querer se afastar por nervosismo ou preocupação, e eu
não vou saber fazer a menor diferença, de que me incomodo com isso.
Sinto o cheiro do teu
perfume de longe. É o mesmo que você usava na esquina, dos meus sonhos, quando nos
esbarramos pela primeira vez. É o cheiro que eu vou associar a sua chegada, seu carinho
e amor. Penso que vou me entregar ao prazer delicioso de passear pelo teu
pescoço antes do nosso beijo. Puro devaneio.
Já escuto as nossas briguinhas. Eu não suportando suas
bagunças e o teu jeito desastrado. Vou escutar o teu pedido de desculpa
e aceitar imediatamente, mesmo sabendo que vai acontecer tudo de novo. E de
novo. Essas briguinhas de amor serão ternas e eternas. É normal essa saudade do
que nunca escutei, nunca vivi e de quem nunca vi? Nem sei
Sei que nunca te vi, nem te cheirei e muito menos te ouvi. Mas já te desenhei,
colei o teu retrato junto ao meu e aprendi a amar esses sorrisos que vêm na
minha imaginação. É dessas histórias que nunca aconteceram e que a gente sabe
de cor e coração.
Sim,
estou com saudades das coisas que nunca vivi e tudo fica meio quieto. Será que em algum canto, também tem alguém me
imaginando e com saudades de mim? Vai
saber!
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